O crime foi comunicado à Polícia Federal pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), um dos membros da CPI do Senado que investiga a manipulação de resultados. Durante audiência no último 8 de outubro, o Rogatto confirmou ter se envolvido em 42 rebaixamentos em 26 estados brasileiros. Ele ainda confessou ter aliciado presidentes e dirigentes de clubes, assim como jogadores e árbitros de futebol.
Ainda na audiência ele disse ter faturado R$ 300 milhões com manipulações diretas em resultados de diversas partidas durante anos.
“Estou aqui para pedir desculpa para a presidente do Santa Maria e ao marido dela (Erivaldo Alves), que tem um problema de saúde gravíssimo. O Daniel nem teve o composto de entender isso e me fez chegar e aproveitar, porque eles não tinham dinheiro. Eu enganei a presidente (Dayane Nunes). Perdão por ter enganado ela (sic), mas era o meu trabalho. Eu sempre enganei os presidentes. O Daniel me fez chegar nesse clube, que eu fizesse. Facilitou os jogos. Digo os jogos que fiz sem problema com o apoio dele”, afirmou Rogatto.
“Eu sou a máquina que está oferecendo dinheiro mais fácil para o atleta e dando dignidade para o cara dar de comer à família dele. Será que eu sou tão errado assim? Fui um dos maiores. Se não o maior, um dos mais organizados. Eu já trabalhei e operei nas 26 unidades da federação e no Distrito Federal. Inclusive, no Distrito, foi onde eu bati de frente com um cara muito forte. Aí, a gente vai naquela luta de poder. Eu perdi e fiquei exposto. O presidente da federação (de Futebol do DF) foi o cara que mais me apoiou em tudo o que eu fiz”, acrescentou.