Empresas nordestinas buscam alternativas para manter planos de saúde

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Pesquisa do Serviço Social da Indústria (SESI) mostra que 60% das indústrias da Região Nordeste oferecem planos de saúde. Dessas, 56% integram o benefício à política de saúde e segurança no trabalho. “Isso significa que as indústrias atrelam iniciativas de prevenção de doenças e promoção da saúde aos principais problemas que fazem seus trabalhadores recorrem ao plano”, explica o diretor superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.

Segundo ele, essa integração possibilita que programas de saúde da empresa tenham mais resultados, com melhoria da qualidade dos serviços para os beneficiários e redução de custos. Aliado a esse tipo de iniciativa, 76% das empresas que oferecem planos de saúde tem o financiamento do benefício compartilhado com seus trabalhadores. Afinal, os reajustes médios anuais dos planos estão bem acima da inflação, acima de 10%.

Principal benefício oferecido pelas empresas a seus empregados, o plano de saúde representa 13,1% em média da folha de pagamento da indústria brasileira. Pesquisa inédita do Serviço Social da Indústria (SESI), realizada pela FSB Pesquisa, para averiguar a realidade e os desafios enfrentado pelo setor com a sustentabildidade do sistema de saúde suplementar, mostra também que o reajuste médio anual com o benefício tem sido de 10,1% – em 2018, por exemplo, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 3,75%. O levantamento mostra também que o custo é apontado por 61% das empresas que não oferecem o benefício como principal motivo para não oferecê-lo.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O elevado custo e a escalada nos preços dos planos de saúde têm sido motivo de preocupação para a indústria do país. Segundo a pesquisa do SESI, 75% das grandes e médias indústrias entrevistadas oferecem o benefício aos seus funcionários e 70% dos 37 milhões de brasileiros cobertos por convênios coletivos têm o benefício custeado por empresas industriais. De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, um sistema de saúde eficiente está diretamente relacionado ao desenvolvimento do país, das empresas e dos trabalhadores. “Precisamos contratar um sistema estruturado, de boa qualidade e de custo compatível com a promoção da saúde e a prevenção, o controle e o tratamento de doenças”, destaca.

O tema é debatido no II Seminário Internacional SESI de Saúde Suplementar, nesta terça-feira (24), em São Paulo. Segundo o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi, o modelo de remuneração baseado por procedimentos e a falta de integração, transparência e qualidade de informações, contribuem para o aumento de ineficiências, como irregularidades, consultas e exames desnecessários e insatisfação dos usuários.

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