Opinião
Por Juliana Albuquerque
A primeira edição do Enem sob o comando do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), pode se tornar uma pedra no sapato do político cearense. Isto porque a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados deve definir, em encontro marcado para a próxima quarta-feira (8), se vai convocar o ministro para dar explicações sobre o suposto vazamento do tema da prova do Enem, realizado no último domingo.
Ainda na tarde de domingo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) acionou a Polícia Federal para investigar a imagem de uma prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que já circulava nas redes sociais logo após o início do exame.
Ontem mesmo, o próprio Camilo Santana negou a existência da possibilidade de vazamento. Ao ser questionado sobre o assunto, foi categórico ao responder que “de forma alguma” isso teria ocorrido.
Ainda de acordo o ministro, o balanço geral do Enem foi, apesar de algumas ocorrências, positivo. Dados operacionais do painel do Ministério da Justiça mostraram que 15 pessoas foram presas, e houve apreensão de aparelhos celulares utilizados em fraudes. Além disso, 4 mil alunos foram desclassificados. “Portanto, consideramos que foi um dia positivo na realização da primeira etapa do Enem”, afirmou Camilo.
Como pode? Pelas regras do Enem, não é permitido o uso de eletrônicos no local de prova, nem postar fotos do exame durante a aplicação da prova. Os participantes flagrados tirando fotos das provas estão cometendo um crime e são, automaticamente, eliminados do Enem. Sendo assim, é preciso que seja explicado como em pouco tempo após o início do exame, a imagem da página 19 do caderno de prova tipo 3 terminou circulando.
Por: Magno Martins