Por Juliana Albuquerque
Amplamente criticada pela comunidade escolar desde que a Secretaria de Educação tornou pública, em outubro do ano passado, a seleção de gestores e assistentes de gestão das escolas da rede estadual de Pernambuco ganhou um novo capítulo, no última quinta. Foi quando saiu a publicação, pela secretária de Educação, Ivaneide Dantas, de uma portaria com o resultado da seleção, feita em duas etapas, do processo de escolha dos novos gestores e assistentes escolar.
Repleta de incoerências, com erros primários de soma simples das notas dos participantes da seleção, que servirá de base para que a governadora Raquel Lyra (PSDB) escolha o gestor escolar e assistente das escolas da rede estadual de ensino, é mais um exemplo do atrapalho que a gestão da secretaria de Educação tem feito desde o começo da gestão. Vale lembrar que desde o início do processo seletivo, o edital passou por dez alterações justamente por estar repletos de incoerências.
Depois de várias denúncias, a lista com os nomes dos candidatos passou por uma correção e foi republicada, desta vez de forma correta, no Diário Oficial do Estado, no último sábado. “Quando soubemos dessas últimas inconsistências no resultado, entramos em contato com a Secretaria de Educação para que houvesse correção e justeza no processo. Mas eu repito que o processo está errado, pois após essa seleção, a tal da lista tríplice torna esta seleção sujeita à interferência política”, afirma a presidente do Sintepe, Ivete Caetano.
Na prática, Ivete tem receio de que a escolha do diretor de escola termine culminando na interferência de um prefeito ou de um deputado, o que contradiz com o que deveria ocorrer na administração das escolas públicas em Pernambuco. “A comunidade escolar deve decidir quem vai gerir a unidade escolar. A democracia interna, com eleições diretas para direção, é o caminho para obtermos a qualidade social e a transparência que queremos na administração das escolas públicas em Pernambuco”, enfatiza a sindicalista.