Escândalo dos shows fantasmas da Empetur ajudou na escolha de Paulo Câmara

 

Foto: Clemilson Campos/JC Imagem

Por Jamildo Melo, editor do blog

A entrevista do líder do governo Waldemar Borges (PSB) ao repórter Paulo Veras, do Blog de Jamildo, respondendo às críticas do deputado federal Silvio Costa, fiel escudeiro de Armando Monteiro Neto, dão uma senha importante, para as eleições deste ano em Pernambuco.

Na semana retrasada, os aliados do governador Eduardo Campos já contavam, nos bastidores, que o escândalo dos shows fantasmas, ocorrido na Empetur quando o PTB tocava a pasta de Turismo, foi um dos pontos levados em conta para a escolha de Paulo Câmara. No caso, a avaliação é de que o escândalo pode ser um trunfo contra Armando Neto e seus liderados, aí incluídos o deputado federal Silvio Costa e o deputado estadual Sílvio Costa Filho, ex-secretário de Turismo de Eduardo Campos.

“Paulo Câmara não representa apenas o novo, ele representa também o correto. Como Geraldo Júlio, é servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele cumpriu uma tarefa dura na administração e em especial a crise no turismo, arrumando a casa (Setur e Empetur) e mandando apurar, em uma situação muito difícil (Eduardo buscava a reeleição, em 2009). Assim, em um debate com Armando Monteiro Neto, ele tem um grande trunfo. A maioria das emendas era do PTB. Paulo Câmara sabe os seus desmandos e de seus liderados (pai e filho). Isto dá um chega pra lá”, relata uma fonte socialista.

O caso está na Justiça Federal, depois de ter sido investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. O próprio deputado estadual Silvio Costa Filho pediu a abertura das investigações, na época.

Na época, Armando Monteiro e Eduardo Campos eram aliados e o governo do Estado colocou panos mornos, enquanto tomava providências adinustrativas, nos bastidores, para se resguardar. O deputado federal Silvio Costa, irritado com a exposição do filho pelos jornais, chegou a tentar invadir a Rádio Jornal, para dar uma entrevista a Geraldo Freire, em que cobrava publicamente a solidariedade de Armamdo Monteiro Neto no caso.

Além desta questão  da Empetur, o fato de ser jovem e desconhecido foi outro fator que ajudou na escolha. A ideia é envelhecer a figura do senador do PTB, enquanto uma pessoa sem atuação política não tem rejeição e pode ter a imagem trabalhada ao longo da campanha.

Também pesou na escolha Paulo Câmara receber bem os deputados e resolver pleitos, bem como conhecer o Estado profundamente, com as passagens pela administração e Fazenda.

(Jamildo Melo)

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