Escândalos na Educação marcam o primeiro ano do governo Tarcísio
2023 foi marcado por polêmicas envolvendo o secretário Renato Feder, atentados a escolas estaduais e questionamentos sobre o uso de materiais didáticos
A principal controvérsia durante o ano envolveu a tentativa de substituir o material didático físico por um programa de educação 100% digital. Em julho, Feder e Tarcísio decidiram implementar um programa digital a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, gerando reações negativas de pais, professores e especialistas. O governo anunciou a saída do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), provocando uma ação do MPSP, aceita pela Justiça em agosto. Diante das críticas, a gestão Tarcísio recuou, desistindo da mudança.
No final de agosto, uma série de erros grosseiros no material digital produzido pela Secretaria da Educação veio à tona. Informações equivocadas, como a existência de praias na capital paulista e a assinatura da Lei Áurea por Dom Pedro II, foram encontradas nos slides destinados aos alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental. O coordenador pedagógico da pasta, Renato Câmara Nunes Dias, foi demitido, e o governo se desculpou, corrigindo o material.
O governo ainda teve de lidar com dois atentados a escolas estaduais ocorridos no mesmo ano. Em março, um aluno esfaqueou a professora Elisabeth Tenreiro, da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste. Em outubro, a estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi morta a tiros por outro aluno na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste. Ambos os agressores eram menores de 18 anos, e seus problemas de convivência eram conhecidos pela direção de ensino e pela polícia, que, mesmo assim, não os identificaram como potenciais agressores, resultando em tragédias evitáveis.