Estadão condena destruição da educação por Tarcísio e questiona a honestidade de Feder

Jornal cobra a demissão do secretário de Educação e uma mudança nos “rumos da educação pública paulista”

Renato Feder (à esq.) e Tarcísio de Freitas
Renato Feder (à esq.) e Tarcísio de Freitas (Foto: Flávio Florido/Seduc-SP)

Em editorial publicado neste sábado (12), o Estado de S. Paulo critica o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, cobra do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sua demissão e diz ser necessário, “sobretudo, alterar os rumos da educação pública paulista”. “Os resultados da pasta não são apenas ruins, como se isso não fosse grave o bastante; estão, na verdade, muito longe das marcas de ‘modernidade’ e ‘eficiência’ que Tarcísio prometeu imprimir em sua gestão”.

O jornal cita, por exemplo, “essa política extravagante de abolir os livros didáticos das salas de aula a fim de substituí-los por slides de PowerPoint. Para quem comanda a maior rede pública de ensino do País, deveria ser claro que a tecnologia, por si só, não educa ninguém. Digitalizar o material didático não significa modernizar coisa alguma se a ação não fizer parte de um plano geral muito bem construído com vista à formação integral dos alunos, vale dizer, voltada para a formação de cidadãos mais bem preparados para a vida, não para uma prova qualquer. Não há sinais de que esse plano estratégico exista. E o que se assemelha a um plano é muito ruim para um Estado que, a despeito de sua pujança econômica e política, ainda apresenta indicadores educacionais muito aquém de suas possibilidades. Privar crianças e adolescentes do acesso aos livros é apenas um desses erros recorrentes do governo estadual na seara da Educação”.

Além disso, o texto resgata a determinação de Tarcísio para que diretores das escolas estaduais assistam a pelo menos duas aulas por semana. “A medida vai de encontro às melhores práticas educacionais, pois é óbvio que os professores sentir-se-ão vigiados e tolhidos em sua liberdade de cátedra”.

O editorial também põe em questão a honestidade do secretário Feder: “até o momento, seu currículo, festejado pelo governador, não se traduziu em ações acertadas. Pelo contrário, a pasta que comanda virou foco de preocupação com os rumos de uma das mais cruciais áreas da administração pública. Fosse apenas isso, já seria ruim; quando a honestidade do secretário é colocada em dúvida, o problema se torna muito pior”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *