Estado da Bahia é acusado de aplicar calote em municípios

Ação Popular

Há quase cinco meses o Governo do Estado não repassa verba para os municípios que sofrem para pagar seus compromissos na área de saúde.

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Preocupados e cansados de tantas promessas, prefeitos da região Norte do Estado estão sendo obrigados a arcar com a maior parte dos custos do atendimento e reclamam que a situação impede melhoria do serviço prestado na atenção básica e alta complexidade. Segundo informações levantadas pelo AP, os municípios estão acumulando dívidas e não sabem como honrar com os compromissos já que a receita a cada mês tem diminuído.

“As secretarias têm que correr atrás e não ficar esperando as verbas da IAHCS que nunca são pagas. O Estado cobra dos municípios produção, mas não dar condições de trabalho, a exemplo da última campanha de vacinação que eles queriam que a gente batesse metas, mas não disponibilizaram a quantidade correta, fica difícil trabalhar desta forma,” lamentou *Arlindo Silva funcionário de uma das prefeituras da região.

Ele informou que os gestores tem passado por humilhações diversas. “É um jogo de empurra absurdo e ninguém sabe o que acontece. Quando precisamos participar de alguma conferência promovida pelo próprio Estado temos que arcar com despesas do nosso próprio bolso, é complicado participar dos eventos”, desabafou.

Silva ressaltou ainda que o Governo do Estado não importa com as consequências. “Isso é uma reclamação antiga e que atinge todas as prefeituras, já participamos de várias reuniões e eles ficam enrolando, empurrando com a barriga. Agora as coisas vão piorar mais ainda por conta da pactuação, onde estão locando uns laboratórios para fazer exames sem condições de atender as demandas, e o pior ainda em pagar pelos serviços realizados. Todo mundo sabe que o Governo da Bahia é um mal pagador, e quando paga e com muitos meses de atraso, e nestas condições ninguém terá condições de prestar serviços”.

“A falta de repasse prejudica toda população, até porque faltam remédios, aparelhagem, médicos, enfermeiros, entre outros. A saúde deveria ser prioridade e está totalmente falida. Desse jeito, a situação da saúde em nosso Estado só vai piorar. Precisamos que o repasse chegue imediatamente aos municípios”, concluiu.

No Estado do Rio Grande do Sul os prefeitos decidiram entrar com ação na justiça.

*Arlindo Silva é um nome fictício de um funcionário da área de saúde em um dos municípios da região Norte da Bahia que esteve na redação fazendo a denuncia sem o conhecimento do prefeito. Ele evitou dizer o nome para que o município não seja penalizado mais ainda do governo do PT.

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