Estatal russa celebra cinco anos de funcionamento de usina nuclear flutuante

Considerado um projeto pioneiro, lançado em 2019, a usina nuclear flutuante Akademik Lomonosov, desenvolvida pela divisão de energia elétrica da estatal russa Rosatom, completou recentemente cinco anos de funcionamento. A usina conectou-se pela primeira vez à rede Chaun-Bilibino – um sistema independente de fornecimento de energia elétrica na região ártica de Chukotka, projetado para atender áreas remotas não conectadas ao sistema elétrico da Rússia (devido à distância e às condições geográficas extremas).

Fornecimento

Um dos papéis centrais da usina flutuante é garantir o fornecimento estável de energia para a região, especialmente para projetos de mineração em larga escala na zona de minério de Baimskay, uma das áreas mais ricas em recursos no Ártico, onde se explora ouro, entre outros minérios. A zona de minério inclui o depósito de Peschanka, considerado a peça-chave do complexo.

Produção

Desde o lançamento, a planta tem aumentado sua produção de forma constante. No período de cinco anos, até dezembro de 2024, a usina já havia fornecido cerca de 978 milhões de kWh para o hub energético Chaun-Bilibino — energia suficiente para atender a demanda de toda a região por mais de um ano. Atualmente, 88% da matriz energética do hub é composta por energia nuclear. A usina flutuante responde por mais de 60% do total.

Regiões árticas

Esse crescimento consistente na produção é fundamental, especialmente com os planos de descomissionamento da Usina Nuclear de Bilibino, previsto para o final de 2025. Bilbino, que começou a funcionar em 1974, foi uma das primeiras usinas nucleares a operar em regiões árticas.

Demanda

Com uma capacidade projetada de 429 milhões de kWh por ano, a Akademik Lomonosov é essencial para compensar a perda de capacidade de Bilibino e atender à crescente demanda da região, que registrou um aumento recorde de 15% no último ano. O projeto também deve substituir a capacidade atual da Termelétrica Chaunskaya, com mais de 70 anos de atividade.

Novos projetos

“Temos aumentado a produção de forma consistente. Cinco anos de operação bem-sucedida no Ártico nos deram uma expertise inigualável na gestão de instalações deste tipo. A experiência sustenta os novos projetos da Rosatom em energia nuclear de pequeno porte, utilizando tecnologia de reatores modulares pequenos (SMR) para desenvolver regiões remotas e isoladas” afirma Andrey Zaslavsky, diretor interino da usina.

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