Estelionatário do Bolsa Família é preso pela 2ª vez
A Polícia Federal (PF) prendeu nessa terça-feira (4) um homem acusado de estelionato em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). O suspeito, que já havia sido preso pela Operação Fake Work da PF no ano passado, realizava requerimentos para receber benefícios por meio de documentos falsos, como falsos vínculos trabalhistas e decisões judiciais inexistentes.
Izak Francisco dos Santos, de 33 anos, foi preso em flagrante quando tentava sacar dinheiro com os cartões de benefícios numa agência da Caixa Econômica Federal, em Olinda. Pelo fato do crime ter sido cometido contra uma entidade pública federal, a pena poderá ser aumentada, variando de 1 a 6 anos de reclusão.
Com ele, foram apreendidos vários cartões de benefícios, a quantia de R$ 21.084, dois notebooks, uma câmera fotográfica e seis aparelhos celulares; além de oito carteiras de trabalho, nove cartões do Bolsa Família, 32 cartões cidadão, oito cartões de créditos, 15 comprovantes de pagamentos de seguro desemprego e vários comprovantes de residência
O objetivo da operação, deflagrada em setembro do ano passado, era prender quadrilhas especializadas em dar golpes por meio da criação de vínculos empregatícios falsos, para adquirir recursos federais destinados ao pagamento de seguro-desemprego e Bolsa Família.
Izak Francisco dos Santos era o líder da organização criminosa, e chegou até a se apresentar como policial federal com carteira funcional falsa. Ele chegou a ser preso preventivamente no dia 30 de setembro, mas foi liberado em dezembro por determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
A organização criminosa tinha atuação desde janeiro de 2012 no Sistema Nacional de Empregos (SINE), em Olinda. Eles foram responsáveis por cerca de 1.463 benefícios fraudulentos, totalizando aproximadamente R$ 8 milhões.
Na época foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e dois de condução coercitiva, além de mandados de sequestro de bens. Valores em espécie também foram bloqueados em contas bancárias, totalizando a apreensão de R$ 4 milhões desviados pela organização criminosa. (NE10)