Estudantes de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) se reuniram, na manhã desta segunda-feira (11), em frente ao Módulo I da Universidade, em uma manifestação pelo afastamento de um professor suspeito de cometer assédio sexual contra uma estudante. A mobilização teve início às 7h e foi encerrada por volta de 12h.
De acordo com um estudante do departamento, que preferiu não ser identificado, o assédio acontecia dentro da instituição, a partir de incitações de cunhos sexuais pelo professor com as alunas em sala de aula.
Cartazes nas paredes do Departamento de Ciências Biológicas. Crédito: Reprodução/Redes sociais
“O objetivo da manifestação foi tentar mostrar as coisas que estavam acontecendo dentro da sala de aula desse professor e tomar medidas cabíveis. Esperamos que a justiça seja feita e que sirva de exemplo para outros discentes denunciarem qualquer tipo de violação que estejam sofrendo dentro da universidade”, disse o estudante.
Procurada, a UEFS afirmou, em nota, que a comissão de sindicância, inquérito administrativo que precede ao processo administrativo disciplinar, de natureza cautelar enquanto apura-se irregularidades eventualmente existentes, já foi designada.
Segundo a instituição, aguardam apenas a publicação desta no Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE), exigência legal que a universidade tem o dever de cumprir e, após a conclusão da sindicância, podem indicar a necessidade de afastamento do docente enquanto tramita o Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
“Porém, paralelamente ao que rege a lei, a gestão está em constante escuta, diálogo e acolhimento de estudantes e suas representações, professores, diretores de departamentos, colegiados, servidores e sindicatos, pois entende serem estes movimentos essenciais de uma gestão que prioriza as pessoas. Desde que teve conhecimento desta e de outras denúncias, a Uefs cumpriu o seu papel de determinar a apuração imediata dos fatos, sendo esta atitude contínua”, acrescenta.
Na nota, a UEFS reitera ainda a importância da formalização de denúncias de qualquer natureza aos colegiados, departamentos, Ouvidoria e demais setores, para que se possa apurar com a máxima celeridade todo tipo de violências e ilicitudes que possam ocorrer na universidade.
“A construção de um ambiente acadêmico que respeite e fomente as igualdades e também as diversidades é uma prioridade desta gestão. Todos os mecanismos legais e administrativos serão utilizados para combater e eliminar a violência, os preconceitos e o ódio dentro e fora desta universidade”, completa.
Fonte: Correio