Estudo brasileiro feito em Manaus associa alta dose de cloroquina a mais mortes

Pacientes que usaram alta dose da substância tiveram uma taxa de letalidade 17% maior em relação ao que recebeu a dosagem mais baixa

  

Um estudo brasileiro feito em Manaus mostra que altas doses de cloroquina estão associadas a uma maior taxa de mortalidade entre pacientes graves internados com coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, tem insistido na substância como principal solução para a doença.

O estudo brasileiro teve como objetivo avaliar a segurança e eficácia de duas dosagens diferentes de cloroquina como tratamento aos pacientes hospitalizados. Um parte dos 81 participantes recebeu alta da substância – 600mg duas vezes ao dia por dez dias – e a outra, uma dose mais baixa – 450 mg por cinco dias, duas vezes ao dia apenas no primeiro dia.

‌‌A pesquisa concluiu que o grupo que usou alta dose de cloroquina apresentou taxa de letalidade 17% maior em relação ao que recebeu a dosagem mais baixa, de 13,5%.

“Tais resultados nos forçaram a interromper prematuramente o recrutamento de pacientes para esse braço [da pesquisa]. Dado o enorme impulso global para o uso da cloroquina, resultados como os encontrados neste estudo podem fornecer evidências robustas para recomendações atualizadas de gerenciamento de pacientes com Covid-19”, dizem os pesquisadores.

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