EUA acusam Rússia de vazar e-mails do Partido Democrata para tentar interferir em eleição

“Nós acreditamos, baseados no escopo e na sensibilidade desses esforços, que somente os oficiais mais graduados da Rússia poderiam ter autorizado essas atividades”, afirma governo dos EUA

O governo dos Estados Unidos acusou a Rússia, nesta sexta-feira (07/10), de ser a responsável por atacar, com hackers, os sistemas eletrônicos do Comitê Nacional Democrata (DNC) e vazar e-mails internos, com o objetivo de interferir nas eleições do próximo dia 8 de novembro.

Em comunicado conjunto do Departamento de Segurança Nacional e do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional, os EUA afirmaram estarem “seguros de que o governo russo dirigiu” esses ataques. Os e-mails foram divulgados por sites como o Wikileaks.

Agência Efe

Governo norte-americano acusou Rússia de ser responsável por atacar sistemas do Partido Democrata e vazar emails internos

“Nós acreditamos, baseados no escopo e na sensibilidade desses esforços, que somente os oficiais mais graduados da Rússia poderiam ter autorizado essas atividades”, afirma o comunicado.

Até a conclusão desta reportagem, a Rússia ainda não havia se pronunciado.  No entanto, em julho, quando as primeiras acusações surgiram, Moscou afirmou que elas eram “absurdas” e disse que via “tentativas de utilizar obsessivamente o tema russo durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos”.

Entre os e-mails divulgados, estavam os alguns da campanha presidencial de Hillary Clinton. Na época, a equipe da candidata afirmou que, apesar de a invasão de seu sistema ter sido parte do ataque ao DNC, especialistas em segurança informática não haviam encontrado provas de que os sistemas internos [da campanha] houvessem sido comprometidos.

Os ataques contra o DNC foram divulgados em julho deste ano, quando o Wikileaks publicou 20.000 e-mails que revelaram o tratamento favorável dado pela cúpula democrata a Hillary frente ao senador Bernie Sanders, seu rival durante as primárias.

O vazamento provocou a renúncia da presidente do DNC, a também congressista Debbie Wasserman Schultz, e intensificou o descontentamento dos apoiadores de Sanders com o partido.

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