EUA ameaçam ataque preventivo à Coreia do Norte

Ditador norte-coreano, Kim Jong-un, posa ao lado do que seria maquete de ogiva miniaturizada

Folha de S.Paulo – Igor Gielow

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou pela primeira vez utilizar força militar contra o programa nuclear da Coreia do Norte, país que já explodiu duas bombas e testou 24 mísseis de 2016 para cá –quatro só na semana passada.

“Deixe-me ser bem claro: a política de paciência estratégica acabou. Nós estamos explorando um novo leque de medidas diplomáticas, de segurança e econômicas. Todas as opções estão na mesa”, disse o secretário de Estado, Rex Tillerson, em Seul (Coreia do Sul).

Desde que o regime comunista do ditador Kim Jong-un intensificou sua atividade militar, os EUA vêm ensaiando o endurecimento na disputa.

Washington apoia Seul desde a guerra que dividiu a península coreana nos anos 1950, ainda inconclusa. Há cerca de 30 mil soldados americanos ao sul da fronteira, e 50 mil perto dali, nas ilhas japonesas. Pyongyang conta com o apoio tácito da China.

“A Coreia do Norte é o maior risco para a segurança nuclear”, disse Gary Samore, que foi o “czar” do tema na Casa Branca entre 2009 e 2013.

Ele não está sozinho na avaliação. George Friedman, chefe da consultoria Geopolitical Futures, abandonou sua posição tradicional de que o regime de Kim apenas buscaria a sobrevivência. “Ele pode ser tão louco quanto parece.”

A fala do chefe da diplomacia americana ocorre antes de sua ida à China. Para piorar o clima, o próprio Trump escreveu um tuíte nesta sexta (17) afirmando que “a China pouco fez para ajudar” na questão norte-coreana.

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