Evento comemora 104 anos do DNOCS
O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, destacou, nesta sexta-feira (25), o papel no fomento do desenvolvimento que instituições federais, como o Departamento Nacional de Obras contras as Secas (Dnocs), têm no Nordeste. A declaração ocorreu no evento em comemoração aos 104 anos do órgão. Em seu discurso, o ministro citou pioneiros no estudo do semiárido, como pesquisadores de hidrologia e agronomia, que passaram a compreender a região.
Primeiro órgão federal criado para estudar as peculiaridades do Nordeste, o Departamento nasceu em 1909. Francisco Teixeira lembrou que sua criação gerou ‘efeitos colaterais’, destacando a produção acadêmica em cursos da Universidade Federal do Ceará (UFCE). Hoje, a Universidade possui um dos melhores centros de estudos em recursos hídricos do Brasil, competindo com cursos do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. “O Ceará conta com excelentes professores que foram alunos de grandes engenheiros do Dnocs”, enfatizou o ministro.
A cerimônia ocorreu em Fortaleza, onde está a sede do Departamento, e contou com a participação do vice-governador, senadores, deputados federais e outras autoridades. Ao saudar os colaboradores do Dnocs, o diretor-presidente do órgão, Emerson Daniel, ressaltou o papel da mais antiga agência. “Quero externar meu agradecimento a todos os profissionais que trabalham com afinco. O Dnocs tem sido responsável por obras fundamentais”, pontuou.
A instituição, que trata da captação, do desenvolvimento e do gerenciamento de recursos hídricos, passa por um momento de reestruturação. Francisco Teixeira aproveitou a ocasião para registrar seu apoio aos técnicos e funcionários do órgão. Segundo ele, o momento coincide com a chegada de recursos para a infraestrutura hídrica da região, em um volume que nunca ocorreu em outro momento. “No PAC 1, os projetos de infraestrutura hídrica da região receberam R$ 7 bilhões. No PAC 2, nós temos R$ 25 bilhões”, informou.
Além de ser o gestor desses recursos, o Dnocs é o responsável pela construção das barragens, instalação dos poços e implantação de projetos de irrigação, centro de pesquisas, estações de piscicultura e sistemas de abastecimento de água. Na visão do ministro, o papel que o órgão federal tem pela frente será maior ainda, se alcançado o desenvolvimento previsto.
A capilaridade do órgão foi destacada pela engenheira Zita Timbó, que representou os servidores. “Temos forte atuação nos sertões do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais”, disse. “São mais de 320 açudes, 38 projetos de irrigação, quatro adutoras com uma extensão total superior a 1.700 quilômetros, 28 mil poços implantados, 14 estações de piscicultura e mais 4.800 cisternas implantadas”, acrescentou a engenheira.