Durante seis anos, ela apimentou a programação da TV a cabo como apresentadora do canal erótico Sexy Hot. A “aposentadoria” aconteceu em 2010, quando uma outra paixão entrou em sua vida com força total. Agora, oito anos depois, Carolyne Ferreira é apenas Carol Ferreira e se lança na música.
Em julho, ela apresenta seu primeiro EP, com músicas autorais. O projeto embalado desde 2008 conta com os arranjos de Julinho Teixeira, um dos responsáveis pelo sucesso de “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó.
“Tenho muito orgulho do que fiz na carreira, sempre fui respeitada e agora está na hora de reencontrar o público”, diz ela, que deixou a pimenta no passado: “Minhas canções remetem ao cotidiano, são românticas. Imagino que elas vão marcar as pessoas justamente por isso”.
Quando saiu do canal, Carol trabalhou como recepcionista de um salão de beleza, como vendedora de móveis planejados num escritório de arquitetura e também como sub-gerente de um restaurante. “As pessoas me reconheciam e achavam que era alguma pegadinha de televisão”, diverte-se ela: “Trabalho desde os 12 anos, não teria motivos para não aceitar estes empregos”.
Na época do Sexy Hot, Carol lembra que atuava ainda como “conselheira” de muita gente. “Era engraçado porque as pessoas me viam como uma pessoa que entendia de sexo. E eu nunca tive preconceito, sempre falei abertamente sobre tudo”, garante a mineira, carioca de coração, de 36 anos.
Carol jura jamais ter sofrido um assédio enquanto usava pouca roupa em suas entrevistas e reportagens, que iam de bastidores de filmes pornôs a visitas em casas de suingue: “Só uma vez um sambista bem conhecido perguntou se as pessoas não me confundiam com as estrelas dos filmes do canal. Eu disse que só aqueles que não me conheciam podiam pensar isso e ele ficou bem caladinho”.