Ex-funcionário que desviou R$ 17 milhões de Milton Neves é condenado a prisão

Aos 72 anos, Milton Neves obteve a condenação de um ex-funcionário acusado de desviar mais de R$ 17 milhões de suas contas. O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou o réu, que trabalhou por 18 anos ao lado do jornalista, culpado e determinou o ressarcimento de R$ 860 mil a Neves, além de uma pena de cinco anos e dois meses de prisão em regime semiaberto. A decisão ainda admite recurso.

Documentos do processo revelaram que o ex-funcionário tinha acesso irrestrito às contas bancárias e senhas de Milton Neves, sendo responsável por transações financeiras e acordos comerciais. Utilizando notas fiscais falsas ou superfaturadas, ele desviava valores para suas próprias contas. Provas, depoimentos e a confissão de um cúmplice confirmaram a fraude.

A defesa do réu argumentou que os valores não registrados em notas fiscais correspondiam a serviços prestados diretamente a Neves, mas a Justiça não acatou essa alegação, constatando má-fé. O juiz Marcos Vieira de Morais destacou a ampla prova documental corroborando os desvios.

Confiança plena no ex-gerente financeiro

Milton Neves admitiu que confiava plenamente no ex-gerente financeiro, assinando documentos sem verificar detalhadamente o conteúdo. Ele só descobriu o esquema após investigações minuciosas.

O advogado de Neves, Sergei Cobra Arbex, considerou a decisão judicial justa e adequada, ressaltando que a idade do jornalista, superior a 60 anos, foi um agravante no processo.

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