Ex-policial federal é condenado a seis anos por extorsão a empresário

Luciano Delgado praticou o crime de concussão, que é exigir vantagem em razão da função pública

 pf agente grande
Após denúncia do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), a Justiça Federal condenou, pelo crime de concussão, o ex-agente da Polícia Federa Luciano Delgado a seis anos de reclusão em regime inicial fechado, além de multa equivalente a 242 salários-mínimos e perda do cargo. Ele foi condenado por participar de um esquema de extorsões envolvendo um empresário na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), em abril de 2013. (Processo n° 0503601-60.2015.4.02.5101 8ª Vara JF/RJ)

O empresário C.J.O. foi abordado por duas pessoas (que já foram condenadas em outra sentença), quando estava em um posto do Detran. Na situação, os dois homens se apresentaram como policiais federais e exibiram um falso mandado de busca e apreensão. O empresário foi então levado a sua residência, onde os falsos policiais subtraíram vários bens e exigiram dele R$ 500 mil (posteriormente reduzido para R$ 250 mil). Na ocasião, os dois homens levaram um automóvel Mercedes Benz para “garantir” o pagamento da vantagem indevida.

O empresário acionou a sua segurança para resolver o problema. No entanto, o chefe de sua segurança (também condenado em outra sentença) se envolveu no esquema de extorsão e teria chamado um ‘falso’ delegado para auxiliar o empresário e tentar identificar os dois “policiais”.

O “delegado” chamado era Luciano Delgado Botelho, agente da PF, que, sob o pretexto de auxiliar o empresário, se infiltrou no esquema para ajudar o grupo criminoso ao apresentar-se falsamente como delegado. Luciano confirmou, após assistir às filmagens do condomínio do empresário, que os dois homens eram agentes com o intuito de “conferir idoneidade à extorsão”.

A condenação é fruto da atuação do Grupo de Controle à Atividade Policial – GCEAP da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro.

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