Ex-prefeito pernambucano vai em cana

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (27) contra uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 12 milhões de verbas públicas. O ex-prefeito de Buenos Aires Gislan de Almeida de Alencar (PSDB) e o vereador reeleito Flávio José Barbosa de Melo, conhecido como Flávio de Deda (PSDB), foram presos. A polícia ainda cumpriu um mandado de condução coercitiva da ex-vice-prefeita Ana Carolina Maranhão (PSB).

Ao todo, os agentes cumprem nove mandados de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão e outros 11 de condução coercitiva. De acordo com a polícia, sete empresários estão envolvidos no esquema de corrupção. Todos os presos e conduzidos coercitivamente foram levados para o Departamento de Repressões aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no Recife.

Segundo o delegado responsável pelo operação chamada Samidarish, Joselito Kehrle, as investigações envolvem as secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social do município. “Os suspeitos adquiriram tudo por licitação que era  superfaturado e o valor era pago em propina”, disse  delegado. Kehrle ainda informou que  o vereador Flávio de Deda era a pessoa que lavava o dinheiro e que chegou a inaugurar um restaurante no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, o Comodoro, com os recursos desviados. Durante a ação de busca e apreensão foi encontrado um revolver com o vereador. “Também será atuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo”, disse Kehrle.

A Polícia Civil informou que ainda não se sabe se o atual prefeito de Buenos Aires tem envolvimento com a quadrilha, mas será esclarecido nos depoimentos dos suspeitos e nas delações premiada em que dará andamento nas investigações. A verba fraudada será repatriada para os cofres públicos.

Os policiais estiveram espalhados pelas cidades de Buenos Aires, Carpina, Paudalho, Limoeiro, Aliança, Paulista e Recife. As investigações foram feitas pelo delegado Izaias Novaes, da Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP). O Ministério Público de Pernambuco, o Tribunal de Contas do Estado e a Controladoria-Geral da União também derão apoio às investigações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *