Ex-presidente Lula é indiciado pela Polícia Federal

Lula _ 1 Foto Ricardo Stuckert-Instituto Lula

O ex-presidente Lula foi indiciado nesta quarta-feira (5) pela Polícia Federal pela suposta prática de corrupção em contrato da Petrobras com empresa de seu sobrinho, Taiguara Rodrigues, em Angola.

O indiciamento foi feito com base na “Operação Janus”, deflagrada em maio deste ano, que investiga contratos relacionados à construtora e pessoas ligadas ao ex-presidente.

Segundo a PF, há indícios de recebimento de propina no valor de R$ 20 milhões em contratos da empreiteira Odebrecht em Angola firmados com a empresa Exergia, que tem como sócio Taiguara.

Por meio de nota, o Instituto Lula diz que o ex-presidente sempre agiu dentro da lei e que suas contas e dos parentes foram investigadas, sem que nenhuma irregularidade tenha sido encontrada.

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sua vida investigada há 40 anos, teve todas as suas contas e de seus familiares devassadas, seu sigilo bancário, fiscal e telefônico quebrado e não foi encontrada nenhuma irregularidade. Lula não ocupa mais nenhum cargo público desde 1º de janeiro de 2011, e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ocupar dois mandatos eleitos como presidente da República”, diz a nota do Instituto.

Acrescenta que “a defesa do ex-presidente irá analisar o documento da Polícia Federal, vazado para a imprensa e divulgado com sensacionalismo antes do acesso da defesa, porque essa prática deixa claro que não são processos sérios de investigação, e sim uma campanha de massacre midiático para produzir manchetes na imprensa e tentar destruir a imagem do ex-presidente mais popular da história do país”.

Em maio de 2015, a Procuradoria da República no Distrito Federal começou a investigar se o ex-presidente recebeu vantagens econômicas indevidas para influenciar agentes públicos estrangeiros notadamente na República Dominicana, Cuba e Angola, além de facilitar ou agilizar o trâmite de procedimentos de financiamentos de interesse das empresas do grupo Odebrecht junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”.

Por outro lado, o juiz Sérgio Moro concedeu nesta quarta-feira (5) mais cinco dias de prazo para o ex-presidente defender-se da acusação de que seria o dono de um apartamento tríplex na praia de Guarujá.

A defesa do ex-presidente havia requerido prazo de 55 dias para entregar resposta à acusação, alegando que o Ministério Público Federal dispôs de quase dois meses para elaborar a denúncia.

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