Ex-secretário e bruxo ameaçavam pelas redes sociais

Eles postaram conteúdos que poderiam expor políticos e empresários.
Marcelo Araújo e Chik Jeitoso estão presos preventivamente.

Do G1 PR

O esquema de extorsão envolvendo o ex-secretário de Trânsito de Curitiba, Marcelo Araújo e o bruxo Luiz Antônio Ferreira, conhecido como Chik Jeitoso, atuava com o uso de perfis falsos em redes sociais, segundo o Ministério Público do Paraná. Na denúncia apresentada à Justiça, a promotoria afirma que eles ameaçavam contar situações constrangedoras, envolvendo pessoas públicas, para pedir dinheiro às vítimas.

Além dos dois, o advogado Eduardo Egg Borges Rezende. Conforme a denúncia do MP, os três usavam sempre uma mulher para que ela fizesse acusações à polícia sobre os empresários e políticos. Com o boletim de ocorrência em mãos, Araújo e Rezende começavam as ameaças em troca de dinheiro.

Chik Jeitoso participava do esquema com o uso de perfis falsos em redes sociais como o Facebook e o Twitter. O grupo prometia deletar as acusações feitas na internet, caso as vítimas pagassem os valores pedidos.

Gravações obtidas pela investigação mostram como o grupo agia. Em determinado dia, Marcelo Araújo tentou pedir ao advogado de uma vítima R$ 5 milhões, para evitar que o bruxo continuasse espalhando denúncias sobre um suposto estupro.

O advogado pediu mais garantias. Marcelo ligou do próprio celular para o bruxo e falou com o advogado.

Chik Jeitoso: Aqui é palavra de homem e pode dar um tiro na minha boca e na minha cabeça se eu não parar de falar. É que quando tiver os 200 twitters e os 400 Facebook que eu tenho…eu vou colocar meus filhos para tirar tuuudo.
Advogado: tá
Chik Jeitoso: depois que acertar o que tiver na minha conta ali eu tiro…(inaudível) o que tiver nos meus 200 twitters e o que tiver nos meus 400 facebook Que eu tenho e eu to dando ordem para os meus filhos. Eu vou tirar tudo…todos os twitters, todos os faces.

O trio foi denunciado pelos crimes de extorsão e formação de quadrilha. Chik Jeitoso e Marcelo Araújo estão presos. Eduardo Egg segue em liberdade.

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