Excluído do Mais Médicos vai recorrer de decisão
Excluído do Programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, o médico e ex-deputado federal Carlos Jorge Cury Mansilla, 56 anos, recorrerá da decisão do Conselho Regional do Estado de Amazonas (Cremam) que o impede de exercer a profissão temporariamente em qualquer lugar do Brasil. Cury alega ser inocente das denúncias de mutilar pelo menos 15 mulheres e causar a morte de duas pacientes de Manaus. Em entrevista ao Correio, ele afirmou: “nunca vou deixar de ser médico”.
A declaração foi dada pelo profissional antes de deixar o programa em Águas Lindas de Goiás (GO). O Ministério da Saúde o excluiu, depois de o Correio revelar, na última terça-feira, as suspeitas de lesões em pacientes e que o registro do médico estava interditado pelo Cremam, pois atuava como cirurgião plástico sem contar com especialização. Segundo o advogado de Cury, Lymark Kamaroff, o próprio cliente desistiu de assumir o cargo, assim que soube da repercussão do caso na mídia.
Carlos Cury deixou o Hotel das Alterosas, em Águas Lindas, na manhã de terça-feira. De acordo com Kamaroff, o suspeito foi diretamente para o Aeroporto Internacional de Brasília e comprou passagem no primeiro voo com destino a Manaus. De lá, seguiu para Porto Velho, onde vive com a família. Em princípio, usará a renda de parentes para se sustentar. “Enquanto não resolver o registro do CRM, ele ficará afastado das atividades médicas”, garantiu o advogado. (Daniela Garcia – Correio Braziliense)