Execução deficiente dos dois PACs anteriores não recomenda otimismo no PAC 3

Por Ricardo Antunes

O PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, é uma obsessão do PT. O governo vai lançar sua terceira versão na sexta-feira, com pompa e circunstância, no Theatro Municipal do Rio, mas a execução deficiente das duas experiências anteriores não recomenda otimismo.

No PAC 1, lançado em 2007, no início do segundo governo Lula, a execução foi de 50,9%, enquanto no PAC 2, criado em 2011, no governo Dilma Rousseff, somente 52,9% das suas ações foram realizadas. Isto significa dizer que, nos dois PACs, pouco mais da metade dos projetos avançou. Os dados são da consultoria Inter.B, do Rio de Janeiro, especializada em obras de infraestrutura.

Vale lembrar que, contrariamente aos dois PACs anteriores, a atual conjuntura fiscal é de extrema escassez de recursos, outro fator limitante do PAC 3, afora o problema crônico da governança dos programas.

Outro dado a considerar é que as grandes empreiteiras, que se enrolaram em falcatruas descobertas pela Lava Jato, estão há oito anos sem crédito suficiente na praça para tocar projetos de porte.

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