Um homem ainda não identificado morreu ao trocar tiros com fuzileiros navais, na manhã desta quarta-feira, na Avenida Brasil, no trecho próximo ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), na altura de São Cristovão, Zona Norte do Rio. O indivíduo baleado estaria realizando assaltos e foi surpreendido pelos militares. Além dele, outro bandido participou da ação e conseguiu fugir. A dupla estaria recebendo cobertura de três suspeitos, que estariam do outro lado da rua. Equipe de fuzileiros e de policiais militares estão no local à espera da chegada de peritos.
Vítima de um dos roubos, um analista de sistemas que se identificou apenas como Lennon, de 32 anos, disse ao EXTRA que vinha da Baixada Fluminense, onde mora, em direção ao trabalho, no Centro. Ele estava de moto, parado no engarrafamento quando foi abordado por dois homens armados, que tomaram o veículo e fugiram.
Alguns metros depois, os suspeitos se depararam com os fuzileiros e, ainda de acordo com Lennon, abriram fogo contra eles. Os militares revidaram e acertaram o homem que estava na garupa. O outro conseguiu escapar.
– Eu fiquei feliz com a presença dos militares, apesar de ficar sem a minha moto, o roubo não foi bem sucedido, já que um deles morreu – disse Lennon.
Antes de assaltarem Lennon, os suspeitos tinham realizado outros dois roubos. Primeiro foi o advogado Geraldo Freire, de 50 anos, morador em Jacarepaguá, na Zona Oeste, do qual tentaram levar a moto BMW. O veículo foi abandonado em seguida porque o alarme tocou. Depois eles atacaram um motorista do Uber, que estava num Siena preto, do qual levaram celular e carteira.
Geraldo Freire, dono da moto BMW, contou que nunca havia sido assaltado antes. Ele criticou a violência na cidade e elogiou a presença dos militares nas ruas:
– Parabenizo o comandante da guarnição. O sentimento é de indignação e impotência. Peço ao governador que pague os caras (PMs) direito para que eles possam trabalhar corretamente e não precisem fazer bicos.
O advogado contou que ao ser abordado pensou que fosse pedido de informação, por isso reduziu a velocidade . Foi quando um dos bandidos tirou a arma. Ele desceu e deu a chave da moto. Pediu para levar seus pertences, mas não deixaram.
A movimentação chamou a atenção de pessoas que passavam pelo local. Algumas postaram relatos em redes sociais. Um admistradora de 21 anos contou que viu o corpo ainda no local.
– Estava um trânsito bem intenso. Mais para a frente, vi o corpo coberto por uma lona azul e muito sangue. Os militares posicionados, como se estivessem isolando a área – contou ela, que vinha de Niterói, na Região Metropolitana, e pediu para não ser identificada.
Por causa da ocorrência, o trânsito ficou intenso na Ponte Rio-Niterói e na Avenida Brasil.
A assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste (CML) foi procurada, mas ainda não se procunciou sobre o episódio.
Forças Armadas chegaram ao Rio nesta terça
As Forças Armadas chegaram para atuar no reforço do policiamento do Rio nesta terça-feira. Nove mil homens começaram a atuar à meia-noite. A presença dos militares foi autorizada pelo presidente Michel Temer após pedido do governador Luiz Fernando Pezão. A princípio, as Forças Armadas ficam no Rio até a próxima quarta-feira, mas esse prazo pode ser estendido até depois do carnaval.