“Expectativa é que ele seja condenado”, afirmam familiares de mulheres que denunciaram Rodrigo Carvalheira

 

O empresário passa nesta segunda-feira (26) por uma nova audiência de instrução e julgamento.

Por: Adelmo Lucena, do Diário de Pernambuco
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Foto: Marina Torres/DP Foto
Amigas e familiares de mulheres que denunciaram o empresário Rodrigo Dib Carvalheira, de 35 anos, réu por crime sexual, estão presentes no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na área central do Recife. Nesta segunda-feira (26), o empresário passa por uma audiência de instrução e julgamento.
A mãe de uma das mulheres que denunciou Rodrigo por crimes sexuais contou que a vítima não era amiga do empresário.
 
“Ela tinha amigos em comum [com Rodrigo Carvalheira]. Eu acho, inclusive, importante ressaltar que, diferente do que ele coloca na mídia, que eram todas amigas dele, nem todas eram amigas dele. Então a minha filha não é, nem nunca foi amiga dele. Ela foi dopada, completamente. Então ela perdeu os sentidos e foi abusada por essa criatura quando ela era ainda menor de idade”, afirmou.
O caso envolvendo esta vítima, que na época tinha 16 anos, prescreveu, o que significa que o Estado não pode mais punir ou executar uma pena imposta a um crime causado por uma pessoa. A prescrição ocorre quando o tempo passa e o direito de punir deve ser exercido dentro do prazo legalmente estabelecido.
Apesar disso, a mãe da vítima disse que tem esperança que a Justiça seja feita.
“A cada audiência nós estamos mais esperançosos de que a Justiça vai ser feita e entendemos que não só nós, mas todas as mulheres que já passaram com uma situação como essa se sintam acolhidas e vontade de ficar está aqui conosco também. A expectativa é que ele seja condenado, minha filha foi dopada e estuprada por ele”, afirmou.
Ao todo, foram seis denúncias de violências sexuais envolvendo Rodrigo Carvalheira, sendo que três viraram penais, dois prescreveram e um está sob investigação.
A mãe de outra mulher que denunciou Rodrigo Carvalheira contou que a filha fazia parte do mesmo círculo de amizades do empresário e também pediu por justiça. “Eu quero justiça, quero que minha filha volte a andar na rua sem ter medo dele”, disse.
Audiência
A sessão desta segunda-feira envolve a primeira mulher que denunciou o empresário. Comparecem cinco testemunhas, todas de defesa, sendo que três foram para o fórum e duas participaram de forma online.
De acordo com informações repassadas por uma das mães ao Diario de Pernambuco, o empresário chegou a ser expulso da sala na última audiência por debochar das mulheres que o denunciaram.
A audiência aconteceu um mês após a primeira, que aconteceu no dia 15 de julho, em que foram ouvidas testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a equipe de defesa da vítima. Naquela data, a sessão foi referente a um processo por estupro em 2019, em que estiveram presentes o MPPE, advogados de acusação e de defesa.

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