Fábrica de vassouras ecológicas pretende ressocializar presos
Uma ação que pretende mudar a realidade dos presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), da cidade de Jucurutu, distante 233 km de Natal. Com a montagem de uma fábrica para a produção de vassouras feitas com garrafas Pet, o projeto “Varrendo o passado limpando o futuro” quer ressocializar os apenados do regime fechado e semiaberto da unidade, ensinando um novo ofício e garantindo a ocupação laboral durante o cumprimento das penas.
O projeto foi idealizado pela Associação de Agentes Penitenciários do Seridó e pastoral carcerária do Seridó, e tem como objetivo instalar uma fábrica escola de reciclagem de plástico e garrafas Pet nas dependências do CDP. Segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), atualmente existem cinco apenados trabalhando, mas a idéia é expandir para no mínimo 15 trabalhadores.
O titular da Sejuc , Júlio César de Queiroz, defende a idéia e diz que é necessário investir em projetos como este. “Precisamos preparar o apenado para o retorno à sociedade e principalmente ao mercado de trabalho para que ele não volte a cometer quaisquer delitos”, afirma.
Já o diretor do CDP de Jucurutu , Reginaldo Gomes ressalta, “estamos fazendo a nossa parte. Colocando os apenados para trabalharem teremos alguma chance deles voltarem à sociedade e poderem seguir sua vida pelo caminho certo”, disse.
Os presos do CDP que participarem do projeto cumprirão jornada de 8h e ganharão remuneração por vassoura produzida. O produto será comercializado em diversos estabelecimentos de Jucurutu e região.
Outro benefício oferecido é a redução de um dia na pena, a cada três dias trabalhados na fábrica de vassouras ecológicas. Eles vão receber ainda, capacitação em diversas áreas como Gestão de Produto, Marketing, Gestão Financeira, Gestão da Produção. (Kívia Soares/NE10)