Facção de traficantes chega às escolas na Bahia
A briga entre facções de traficantes que se espalhou por presídios baianos e bairros cobiçados no mercado de drogas da capital chegou com força também às escolas da rede estadual de ensino em Salvador. Relatos de profissionais que atuam em estabelecimentos situados na periferia da cidade apontam para o crescimento da tensão entre estudantes que pertencem a grupos rivais e dividem a mesma sala de aula. Em um deles, o Colégio Estadual Helena Matheus, situado em São Cristóvão, os professores são obrigados a separar os alunos em alas, de acordo com a quadrilha a que dizem pertencer. A medida foi a saída encontrada para evitar que a unidade se transforme em palco de confrontos armados. Risco que se torna maior diante das deficiências na segurança das escolas públicas.
Na tentativa de estimular a paz através da arte, os educadores estimularam este ano o grafite em parte das paredes do Helena Matheus. Resultado: em vez de expressarem talento, preferiram pichar lemas e siglas de gangues.