A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar a atuação de um grupo de falsários responsáveis por criar uma estatal para aplicar golpes em empresários interessados em prospectar negócios com o governo federal. As informações são da revista Época.
De acordo com a reportagem, o empresário pernambucano Roberto Oliveira conseguiu criar uma autarquia chamada Agência Pública Nacional de Infraestrutura e Tecnologia (Proinfra). Ele conseguiu o domínio “.gov” para dar legitimidade à estrutura e até uma certidão de bons negócios junto à Caixa Econômica Federal. Alem disso, Oliveira escalou como “diretor-geral” da estatal de mentira o petista Carlos Rigonato, um ex-candidato a deputado federal no Paraná. A estatal atuou por pelo menos três anos, entre 2012 e março deste ano.
Com essa estrutura falsa, a autarquia firmava contratos também de fachada com empresas inexistentes como a Macroenergia. Um destes contratos simulados, por exemplo, era relacionado à fabricação de lâmpadas LED em 5,5 mil cidades brasileiras ao custo de R$ 3,7 bilhões. O contrato fazia parte de um programa do governo federal igualmente inexistente: o Programa Governamental Brasileiro de Modernização e Racionalização da Iluminação Pública instituído pela Proinfra.
Segundo a reportagem, o grupo de Roberto Oliveira oferecia contratos diretos com a Proinfra e também com a Macroenergia. Mas, para isso, o grupo cobrava propina dos empresários e muitos caíram no golpe, conforme a revista. Um deles deu R$ 700 mil aos falsários.
Em abril de 2012, Roberto Oliveira se encontrou com Dennis Hastert, ex-presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos e ofereceu os serviços da Proinfra e da Macroenergia, informa a Época. Empresários dos Estados Unidos (EUA) também perderam dinheiro com a estatal de fachada, de acordo com a matéria.
(Fonte: Congresso em Foco)