Um jovem de 15 anos foi baleado e morto por policiais militares, na noite deste domingo, na comunidade da Chacrinha, na Praça Seca. A PM afirma que Allan dos Santos Gomes tinha participação no tráfico de drogas, mas a família da vítima desmente essa versão e diz que o adolescente sofria de autismo. A Divisão de Homicídios da Capital e Secretaria de Polícia Militar investigam o caso.
De acordo com a polícia, Allan e outros dois homens teriam disparado contra os PMs durante uma incursão na comunidade. Os outros dois suspeitos são Alex Mateus Pereira Barreto da Silva e Wallace Ferreira da Silva. Eles também foram baleados e mortos na ação.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que houve um confronto da favela, por volta das 20h30m de domingo. Ainda de acordo com a PM, a “Secretaria de Polícia Militar instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato”.
‘Meu irmão era uma criança’
Familiares de Allan gravaram vídeos e divulgaram nas redes sociais em defesa de Allan. Numa das gravações, a irmã da vítima, Rayssa Santtos, afirma que os policiais colocaram a arma da mão do jovem para que ele fosse identificado como bandido:
“Meu irmão desceu o morro, por desobediência, no meio do confronto. Na televisão não estão dizendo que teve guerra na Chacrinha, mas o caveirão subiu lá mandando tiro em todo mundo e matou meu irmão. Estão dizendo que ele era bandido. Ele não era bandido. Sem contar que meu irmão ainda era autista e tinha problemas. Era uma criança. Um bobo que chorava por tudo (…) Tiraram a blusa do meu irmão e colocaram uma arma na mão dele para dizer que ele era bandido”, contou.
A assessoria de comunicação do governador informou que Witzel “confia nas autoridades que estão conduzindo a investigação e na elucidação do caso”.