FBC diz que Paulo Câmara não têm projetos para investir o empréstimo do BNDES

Foto: Bob Fabisak/JC Imagem
Foto: Bob Fabisak/JC Imagem

Com o nome à disposição para concorrer o Governo de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho do PMDB afirmou que dos R$ 600 milhões que o governo Paulo Câmara (PSB) pediu para o BNDES, R$ 250 milhões já foram liberados e que o socialista não sabe onde investir. “Está liberado (o montante), o governo que não conseguiu aplicar os recursos”, disse. O peemedebista ainda fez críticas a gestão do PSB afirmando que além do pouco investimento, tem feito poucas entregas e em ritmo lento.

De acordo com FBC, Pernambuco não têm projetos e nem tem contrato de financiamento. Durante entrevista à Rádio jornal, nesta segunda-feira (27), o ex-socialista chegou a afirmar que até outubro o governo só indicou a aplicação de R$ 125 milhões e que o resto dos R$ 475 milhões Paulo Câmara não sabe em que ações usar o dinheiro.

“Vou falar do ofício que veio do BNDES para a Câmara dos Deputados. Desse tal empréstimo que o governador fala de R$ 600 milhões, até outubro ele só tinha indicado aplicação de R$ 125 milhões para Adutora do Agreste. Faltava indicar as outras áreas desses R$ 600 milhões. Vou dizer outro exemplo, tem outro empréstimo de Pernambuco que foi tomado para Suape que tem aproximadamente R$ 250 milhões dormindo no BNDES que não foram gastos ainda”, disse o senador.

O líder dos Coelhos não deixou de falar sobre os investimentos em segurança e sobre o desemprego. “Com Eduardo, Pernambuco investiu R$ 9 bilhões, com Paulo não chegamos nem na metade. No Ceará, vai-se investir R$ 6 bilhões em segurança. A Bahia lidera os investimentos públicos do Nordeste. Isso produz a maior taxa de desemprego do Brasil em Pernambuco. Eu não vejo nenhuma ação de reconhecimento que possa permitir a recondução do governador. Quem não fez em três em anos vai fazer no último ano como? Pernambuco não tem projeto, não tem contrato de financiamento. Falta projeto”, disse Coelho.

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Outra crítica de FBC é o gasto que o governo Paulo Câmara tem realizado para, segundo o peemedebista cobrir o déficit da previdência estadual. “Pernambuco está gastando em 2017 R$ 2 bilhões para cobrir o déficit da previdência estadual de 200 mil servidores. R$ 2 bilhões para tapar a previdência dos servidores. E o dinheiro do hospital?”, alfinetou.

Fernando Bezerra Coelho voltou a afirmar que é pré-candidato as eleições majoritárias de 2018 e que no início de dezembro o grupo de oposição ao governo Paulo Câmara em que faz parte, vai se reunir para avaliar a situação de Pernambuco e decidir se haverá a candidatura de um nome com apoio dos outros oposicionistas ou haverá pulverizações de candidatos que já se colocaram à disposição da corrida ao Palácio Campo das Princesas, como o senador Armando Monteiro (PTB) e o ex-ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB).

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“Claro que sou pré-candidato, evidente que sim. Estou animado. Estive com Armando falando da minha disposição, da minha candidatura. É importante que tenha uma frente política de oposição para criar uma proposta e isso eu concordo com o senador Armando Monteiro, com o ministro Mendonça Filho, o ex-ministro Bruno Araújo e o ministro Fernando Filho. Precisamos criar forças políticas distintas para criar propostas. Vamos nos reunir no início de dezembro”, disse o peemedebista.

Dois meses após a conturbada filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao PMDB, o processo de destituição da direção atual para que ele assuma o comando continua judicializado. Segue também a troca de farpas entre o parlamentar e o atual presidente da legenda, Raul Henry, vice-governador. “Ele não pode falar pelo PMDB de Pernambuco”, afirmou Henry, reagindo à declaração de FBC de que seria candidato a governador em 2018.

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“Hoje deu para perceber que, além das marcas que ele já acumulou ao longo da carreira, de oportunista e traidor, está somando mais uma, que é a do cinismo”, afirmou ainda o presidente local do partido. “É uma falta de respeito dele desconsiderar a existência do diretório de Pernambuco.” O PMDB é atualmente o principal aliado do governador Paulo Câmara (PSB), que garantiria maior tempo de televisão do socialista.

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