Febre oropouche: 1ª morte e óbito sob investigação liga alerta na BA

Especialistas e autoridades buscam entender melhor as manifestações dessa patologia

Por: Silvânia Nascimento

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Após o aumento significativo de casos da febre do oropouche no estado, especialistas, autoridades e acadêmicos da área de saúde participaram, ontem, do 1º Simpósio sobre a doença promovido pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Ontem, também, o órgão confirmou o primeiro óbito pela doença que é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, (maruim ou mosquito-pólvora).

O evento, no Gran Hotel Stella Maris, teve como finalidade discutir e entender melhor as manifestações dessa patologia.

O paciente que teve morte confirmada pela doença tinha 24 anos, e morava na cidade de Valença, no baixo sul da Bahia. Um segundo caso, no município de Camamu, na mesma região, está sendo investigado.

No entanto, conforme explicado pela diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, a Sesab ainda aguarda confirmação do Ministério da Saúde. “O que acontece é que, mesmo o óbito sendo avaliado pela Câmara Técnica Estadual, nós estamos aguardando a confirmação pelo Ministério da Saúde”.

Até a tarde de ontem, a Bahia computava 691 casos confirmados de pessoas infectadas. Salvador aparece com nove registros, enquanto as regiões leste (Santo Antônio de Jesus e cidades vizinhas) e sul (Valença e municípios próximos) lideram com mais de 400 casos.  “São muitos casos concentrados em Valença, Gandu, em toda aquela área, e também na região de Amargosa, porque são áreas de muita mata. Além disso, são regiões que têm plantações de cacau e bananeiras, que são propícios para mosquitos por terem acúmulo de matéria orgânica”, explicou a diretora da Vigilância Sanitária Epidemiológica.

A profissional também destacou que, assim como os sintomas, os cuidados são os mesmos para combater a dengue. “As medidas são limpeza, evitar acúmulo de lixo, de água e deixar terrenos limpos. Associado a isso, a gente precisa entender que cada indivíduo precisa utilizar repelente, roupas de mangas compridas, calça, principalmente nas áreas rurais, que são locais de maiores transmissões”.

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