Feira de Orgânicos da Univasf retorna amanhã aos Campi Centro e Juazeiro
A Feira de Orgânicos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) irá recomeçar a partir de amanhã (4). Verduras e legumes como espinafre, alface, coentro, rúcula, pimenta e abobrinha vindos direto da horta estarão à disposição de toda a comunidade. A feirinha será realizada todas as sextas-feiras, das 8h às 11h em frente à Reitoria no Campus Centro, em Petrolina (PE), e em frente ao bloco dos colegiados no Campus Juazeiro (BA) com a oferta de hortaliças produzidas de forma sustentável sem uso de agrotóxicos.
A iniciativa faz parte do projeto de extensão “Horta Orgânica Comunitária”, idealizado pela pró-reitora de Extensão, professora Lucia Marisy. A feira de orgânicos teve início em 2014. No final do ano passado, houve a interrupção nas vendas devido ao recesso acadêmico.
As hortaliças são produzidas por 30 famílias de produtores no Espaço Plural da Univasf, localizado no bairro Malhada da Areia, em Juazeiro (BA), numa área com cerca de oito mil metros quadrados. Os produtores estão inseridos na Associação dos Produtores Orgânicos do Vale do São Francisco (Aprovasf), um projeto que objetiva a comercialização de produtos orgânicos provenientes da agricultura familiar.
Antes da realização da feira, as famílias contempladas nesta ação receberam capacitação de professores da Univasf. Durante a capacitação, os docentes ensinaram os participantes a fazer a compostagem, um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica em adubo. Também foram orientados sobre processamento dos produtos e como realizar de modo adequado a venda dos itens.
A pró-reitora de Extensão Lucia Marisy faz um balanço do projeto, iniciado em 2012. “Avançamos na proposta cooperativista, entretanto a gente sabe que trabalhar coletivamente é algo difícil e com muitas implicações. As pessoas não têm essa formação, porque temos muito o pensamento de assalariamento. Mas depois de quatro anos ainda temos grupos atuando”, observa.
A professora também reflete sobre a importância da participação de mulheres agricultoras. “As mulheres que lá permanecem adquiriram uma autonomia financeira. Além de elas melhorarem a alimentação da família, também conseguem uma renda capaz de melhorar a qualidade de vida”, conclui.
Lucas Sobreira