Félix Mendonça defende a candidatura do PDT à sucessão de Wagner

Fernando Duarte

Em meio às articulações para as eleições de 2014, o deputado federal Félix Mendonça Júnior, considerado uma das lideranças do PDT, deixou clara a defesa da candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, na sucessão do chefe do Executivo. Em entrevista concedida à Rádio CBN na manhã dessa segunda-feira (8/7), o pedetista enfatizou que a candidatura de Nilo não pode ser condicionada a uma autorização do governador Jaques Wagner. “Se ele quer ser candidato que seja de verdade”, disse.

Conforme ele, caso Nilo desista, outro candidato deve estar a postos. “Ele não pode ser candidato apenas se o governador apoiar. Se ele quer ser candidato que seja de verdade. Não vejo dentro do PDT outra opção. Tem que criar condições. Uma coisa é ele ser candidato ao governo, outra coisa é o partido participar com outro candidato na chapa”, explicou.

O deputado reforçou ainda a declaração dada e acrescentou que a candidatura do PDT é independente a qualquer partido. “Ter ou não ter o apoio do governador Jaques Wagner não impede que Marcelo Nilo saia candidato. A candidatura é independente a qualquer partido e o que queremos é lançar o nosso para nos fortalecer”, disse, mostrando-se contrário à unificação da base.

O pedetista destacou também que apoia a Marcha dos Prefeitos a Brasília, que começou nessa segunda-feira (8/7) e vai até o dia 11, e disse que defende uma melhor distribuição dos recursos do Pacto Federativo. “Além de aumentar os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), é preciso reduzir a burocracia em casos de situação de emergência. Com a seca, por exemplo, a estiagem já vai acabar e muitos municípios não receberam os recursos. Se pressupõe que os prefeitos vão utilizar mal o dinheiro, mas eles foram eleitos pelo povo para governar! É preciso liberar o dinheiro e exigir as certidões de adimplência depois”, asseverou.

Ainda durante entrevista, Félix Mendonça falou sobre o Selo Verde da lavoura cacaueira, sobre a seca e sobre a falta de mobilidade urbana em Salvador. Segundo informações do pedetista, a situação da seca está fazendo com que fazendas sejam leiloadas em São Paulo. “Deveríamos fazer um programa de perenização dos rios. Não dá para leiloar o principal meio de vida dos agricultores”, afirmou. (Tribuna)

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