Com a vitória, Fernanda se tornou a primeira brasileira a ganhar a categoria na premiação internacional. O resultado coloca a atriz a um passo além da mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada na categoria em 1999, por Central do Brasil, também dirigido por Salles, mas que não levou a estatueta para casa. Discurso No discurso, Fernanda dedicou o prêmio à mãe e lembrou a indicação de Montenegro ao prêmio.
“Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia… Ela estava aqui há 25 anos. Isso é uma prova de que a arte permanece na vida das pessoas, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu”, afirmou.
A atriz ainda fez questão de destacar a mensagem que o filme Ainda Estou Aqui passa.
“Enquanto vemos tanto medo no mundo, esse filme nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses”, continuou a atriz, que também fez um agradecimento ao diretor do filme, Walter Salles. “Que história, Walter!”, comemoro.
Filme
Apesar da grande torcida brasileira e da aclamação da crítica internacional, o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, não conseguiu alcançar o sucesso de Fernanda e perdeu o prêmio de Melhor Filme em Língua Não Inglesa. O filme Emilia Pérez, da França, conquistou o troféu. O filme Ainda Estou Aqui conta a história real da brasileira Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro), que se tornou ativista dos Direitos Humanos depois da morte de seu marido, o deputado federal Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), assassinado pelo regime militar em 1971.