Fernando Filho rebate acusação do prefeito Júlio Lossio
Por ter chamado os advogados do PSB de “mentirosos”, negando que tivesse distribuído lotes em Petrolina durante o período eleitoral de 2012, o que levou a cassação do seu mandato pelo TRE, na última terça-feira, o prefeito Júlio Lossio (PMDB) foi contraditado ontem (2) pelo deputado federal Fernando Filho (PSB), seu adversário nas últimas eleições.
Veja a nota enviada ao Blog de Inaldo Sampaio pelo filho do ministro Fernando Bezerra Coelho:
I. O Dr. Júlio Lossio se diz uma pessoa muito correta. Mas gostaria que o seu conceituado Blog publicasse apenas dois episódios das “boas práticas” praticadas por ele.
II. Petrolina não esqueceu que um primo dele, sócio da sua esposa em um cemitério na cidade, foi filmado pichando o patrimônio público, inclusive um monumento à Bíblia sagrada, para nos incriminar ao longo da campanha.
III. E quanto às suspeitas que o prefeito levantou em relação aos motivos que levaram à sua cassação, lhe envio apenas mais um dos crimes eleitorais cometidos no pleito do ano passado.
IV. A primeira dama do município pedindo votos em pleno mês de agosto da eleição em evento oficial.
A nota do prefeito que ensejou a resposta do deputado Fernando Filho foi a seguinte:
Caro Inaldo, mais uma vez os advogados do PSB mentem. Não distribuímos lotes. O que fizemos foi um processo de regularização fundiária de habitações já existentes, onde eram frequentes os conflitos pela posse da área.
Fizemos isso consultando previamente o Tribunal de Justiça de Pernambuco que, por sua vez, promulgou um provimento para realização de tal procedimento.
Algumas das gestões que por lá passaram fizeram de conta que a regularização fundiária não se tratava de um problema, até porque atingia áreas miseráveis que, eleição após eleição, tinham suas áreas invadidas por cestas básicas e compra de votos.
Por falar em compra de votos, em um passado recente um filho de certo candidato foi detido pela polícia com uma significativa quantidade de dinheiro na véspera da eleição, contudo tratou de colocar um “amigo” para assumir a responsabilidade pelo dinheiro.
Não tenho o hábito de transferir aos outros meus erros ou pecados. Os meus são meus e assumo as suas consequências, contudo posso dizer com tranquilidade que não cometemos o crime de abuso de poder econômico nesse processo que, confiamos, será revisto pela nossa justiça.
Att.
Julio Lossio