Filha de ex-ditador cubano Fulgencio Batista é descoberta morando na rua em cidade da Flórida

 

Fermina Lázara Estévez, de 82 anos, está há 2 desabrigada e, atualmente, mora em parque no centro da cidade de Fort Lauderdale; ela perdeu fortuna no mercado de ações e com dívidas no cartão de crédito

Fermina Lázara Estévez, filha do ex-ditador cubano Fulgencio Batista, está morando há dois anos na rua na cidade de Fort Lauderdale, na Flórida, após gastar toda a herança que foi deixada pelo pai quando fugiu aos EUA. A mulher, hoje com 82 anos, saiu de Cuba com o triunfo da Revolução Cubana.

Segundo a emissora de TV Local 10, Fermina mora com a filha adotiva, Ana, no Strahanan Park, no centro da cidade. Questionada sobre como foi parar ali, a filha do ex-ditador falou em “choque”. “É uma longa história. Sempre disse que tenho uma vida perfeita. E é por isso que estar aqui, agora, é como um choque”, disse.

Em 1973, já com toda a família nos EUA, Batista morreu e deixou em testamento para Fermina mais de 1 milhão de dólares – que o governo cubano diz ter sido produto de roubo por parte do ex-ditador. Com o dinheiro, ela comprou uma casa em Coral Ridge e um apartamento em Galt Ocean Mile, dois endereços luxuosos de Fort Lauderdale. Depois, adotou Ana.

Reprodução/Local 10

Fermina (esq.) vive com a filha Ana no Strahanan Park, no centro de Fort Lauderdale

No entanto, a bonança não durou para sempre. Segundo a emissora, Fermina acumulou mais de US$ 17 mil de dívidas no cartão de crédito, o que a fez ser julgada. Colocou a casa sob hipoteca e a perdeu por não conseguir quitar o saldo devedor. Além disso, a família não conseguia pagar nem a conta de água da residência, o que levou a uma intervenção da Prefeitura de Fort Lauderdale.

“Perdi meu dinheiro no mercado de ações e, talvez, tenha sido muito mão aberta”, disse à emissora.

Reprodução/Local 10

Fermina diz que perdeu o dinheiro no mercado de ações e que talvez tenha sido ‘muito mão aberta’

Ela vive há dois anos nas ruas da cidade. Antes de chegar ao parque, dormiu em carros, em hotéis baratos de beira de estrada e em paradas de ônibus. “É como se deus quisesse me ensinar algo. Da próxima vez, não vai acontecer. É uma dura lição, mas você aprende”, afirmou.

Em 1959, o então ditador Fulgencio Batista foi deposto por Fidel Castro na Revolução Cubana e se exilou em Nova York com a fortuna que acumulou durante os anos de governo.

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