Segundo o ex-ajudante de ordens do antigo governo, Eduardo e Michelle instigavam o ex-mandatário a aplicar um golpe de Estado no Brasil após a derrota nas eleições de 2022, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
“Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores] para dar o golpe”, diz Cid, em delação.
Cid ainda diz que havia três grupos dentro da gestão, sendo que o primeiro tentava convencer Bolsonaro a reconhecer a derrota, e deste modo, ter se tornado o “grande líder da oposição”.
Faziam parte desse grupo, os seguintes nomes: senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro-chefe da Civil, Ciro Nogueira, e o comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior.
Já o segundo, não concordava com os rumos que o país estava tomando, mas também se colocava contra medidas de ruptura. Fariam parte dele, entre outros, o comandante do Exército, Freire Gomes.
O terceiro pressionava o ex-presidente a adotar medidas radicais contra a sua derrota nas urnas. Este grupo foi separado em dois: “menos radical” e “mais radical”.
Ainda de acordo com a Folha, na ala mais radical, além de Eduardo e Michelle, Cid cita nominalmente Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, o general Mario Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES).