Filho que matou professora aposentada e fingiu ter achado corpo é condenado a 26 anos

Heronildo Quintino de Lira Júnior matou a mãe, de 59 anos, a pauladas por razões financeiras

Euda Cavalcanti de Lira foi morta em agosto de 2023 – Foto: Redes Sociais/Reprodução
Foi condenado a 26 anos, 3 meses e 12 dias de prisão o homem acusado de matar a mãe e professora aposentada Euda Cavalcanti de Lira, em Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

O crime aconteceu em agosto de 2023. Heronildo Quintino de Lira Júnior matou a mãe, de 59 anos, a pauladas, por razões financeiras. À época, ele fingiu ter encontrado o corpo da mulher dentro da casa onde ela morava.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o Tribunal do Júri da Comarca de Moreno condenou Heronildo por homicídio qualificado, de natureza hedionda.

“O acusado agiu de forma sorrateira ao pular o muro e invadir a casa da vítima para consumar o homicídio, sendo certo que a ofendida havia trocado a fechadura no portão que dá acesso às escadas do imóvel justamente para evitar que o réu lá entrasse”, sustentou o TJPE na condenação.

professora aposentada foi encontrada morta em 29 de agosto de 2023, com perfuração na cabeça e marcas de agressão. Ela havia sido vista pela última vez dois dias antes do corpo ser achado.

Inicialmente, o crime foi investigado como latrocínio. Isso porque, na casa de Euda, a polícia identificou que tinham sido levados cartões bancários e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) da aposentada.

A apuração, no entanto, mostrou que o próprio filho, de 41 anos, quem havia levado os itens, bem como o celular da mãe, com quem discutia constantemente.

“A culpabilidade do condenado é elevada, diante da frieza demonstrada pela premeditação do crime, pela transferência de valores da vítima para sua conta bancária logo após o homicídio, pela tentativa de aumento dos limites de transferência da conta da vítima nos dias seguintes à morte desta e pela dissimulação ao fingir que encontrou morta dentro de casa a pessoa que ele mesmo havia matado dois dias antes”, destacou o TJPE.

Na condenação, o TJPE também destacou que o acusado apresenta histórico de violência física contra um tio e de violência psicológica e moral contra a genitora, “que explorava financeiramente, além de ter contra si medidas protetivas de urgência em razão de perseguição a uma ex-companheira”.

Heronildo Quintino foi preso em 17 de janeiro deste ano e está, desde então, no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR.

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