Filhos para abrir portas

Só ditaduras transmitem a empresários mundo afora a mensagem de que eles precisam negociar com filhos de presidentes para abrir portas. Só ditaduras tratam missões diplomáticas como se fossem assunto de família.

Apesar de ser presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, não é papel de Eduardo Bolsonaro intermediar eventuais investimentos estrangeiros no Brasil. Isso é assunto do Executivo. Era do Ministério da Indústria e Comércio em governos passados. Hoje, essa estrutura está alojada na pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes.

Causa preocupação aos interesses nacionais indicar alguém com o perfil de Eduardo Bolsonaro para a embaixada nos EUA. É mistura assuntos de Estado com interesses familiares. É transmitir a mensagem errada ao mundo, como se o Brasil fosse seguir a trilha de uma república de bananas. É uma cópia fiel, mas ruim de Donald Trump.

Não é bom para o presidente. Não é bom para seu filho. Não é bom para o país. (Kennedy Alencar)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *