Os empresários da agricultura e pecuária baiana terminam 2016 com os olhos voltados para os céus. Após o quinto ano consecutivo de seca, com prejuízos que ultrapassam os R$ 3 bilhões apenas na região Oeste, La Niña já trouxe as primeiras chuvas.
“As chuvas chegaram nesta semana. Os produtores estão entusiasmados porque os prejuízos foram grandes”, comemorava o secretário da Agricultura, Victor Bonfim, durante a apresentação da Fenagro, na última quinta-feira.
Bonfim lembra que desta vez os efeitos da estiagem se espalharam por todas as regiões agrícolas da Bahia. A região do Cacau teve quebra de 50% na safra, o Oeste contabilizou perdas de 40% na produção de soja e de 38% na de algodão, diz.
Entre os pecuaristas, os prejuízos também foram grandes. Só na região de Vitória da Conquista foram perdidas mais de 15 mil cabeças de gado, fala o secretário. “No próximo ano a agropecuária voltará a contribuir com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia”, projeta.
“O Brasil precisa reflorestar 20 milhões de hectares e isso será feito com florestas plantadas. Onde vai ser? Dependem das condições”, diz Wilson Andrade, presidente da Abaf, defendendo que a Bahia se prepare para atrair os investimentos necessários para cumprir o Acordo Climático Global de Paris.