Flamengo titular de Abel Braga mostra a cara contra a Cabofriense

Abel Braga fez experimentos nas primeiras quatro partidas do Flamengo em 2019
Abel Braga fez experimentos nas primeiras quatro partidas do Flamengo em 2019 Foto: Agência O Globo
Igor Siqueira

Foram quatro jogos de testes, de formações misturadas e de um Flamengo que está invicto, classificado para as semifinais da Taça Guanabara, mas ainda não mostrou uma identidade. É chegada a hora de ver o resultado dos experimentos de Abel Braga. Como o técnico já avisou que não vai mais rodar o elenco, o jogo deste domingo, às 17h, no Maracanã, contra a Cabofriense, pela última rodada da fase de grupos, deve apontar em qual direção ele conduzirá o time.

Abel possui como álibi para críticas o fato de ter, intencionalmente, estendido a pré-temporada rubro-negra para o período de partidas oficiais. Tudo pensando a longo prazo, especialmente na Libertadores: a equipe estreia no dia 5 de março, contra o San José, fora de casa.

— Você não pode nem falar em estilo de jogo, o Flamengo está há 15, 20 dias treinando — analisa o vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz: — Abel jogou com três times diferentes. Havia um consenso para rodar. Aos poucos, ele, que é um grande técnico e ganha muito bem para isso, vai ajustar a equipe. Todo mundo confia no trabalho do Abel.

Só que o treinador agora se vê com um quebra-cabeça para montar, diante do vasto leque de opções — especialmente do meio para frente. Abel tem alguns conceitos que servem como pistas. Um deles, por exemplo, é o de não abrir mão do uso de um centroavante com presença de área, que arraste a marcação de dois defensores. Isso já elimina a chance de Gabigol ser escalado nessa função e amplia a briga pelas vagas nas pontas.

Outro conceito que o técnico defende é a busca pela verticalidade. Os jogadores “agudos” têm preferência. E aí Gabigol, mesmo ainda sem balançar as redes, entra de novo na lista, ao lado de Bruno Henrique, por exemplo.

— Quem chega vem para acrescentar de acordo com a característica. A minha é velocidade na frente — diz Bruno, que marcou os dois gols da virada sobre o Botafogo, no último dia 26: — Com posse de bola ou não, vou fazer o que faço sempre: ir para cima. É o que o professor pede para mim.

Independentemente de como Abel vai organizar o time, o fato é que algum astro acabará ficando no banco. Não há espaço para todos.

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