Flu deve premiações e dois meses de direitos de imagem aos jogadores; falta de prazo gera insatisfação
Apesar do excesso de jovens e das lesões que tornam o cobertor do elenco ainda mais curto, o time do Fluminense tem se virado dentro de campo — não perde há seis jogos e está a um ponto do G-6 do Brasileiro. Mas o sacrifício vai além. Os atrasos nos pagamentos voltaram a atingir os jogadores, que tentam não se abater.
O clube deve dois meses de direitos de imagem, que respondem por uma parcela importante da remuneração mensal. Em alguns casos, equivalem a 50% do salário. Em outros, a 70%. O pagamento registrado na carteira de trabalho está em dia.
A dívida também inclui premiações por metas atingidas. Os jogadores tentam não se abalar. No início do ano, o presidente Pedro Abad explicou pessoalmente ao elenco que 2017 seria de dificuldades financeiras. Pela transparência, o gesto foi bem recebido. O problema, desta vez, é que os atletas souberam que não há prazo para o débito ser quitado.
A falta de previsão gerou insatisfação no vestiário. O grupo chegou a cobrar o técnico Abel Braga como o clube faria contratações se não é sequer capaz de dar um prazo para o pagamento dos atrasados. O técnico repetiu o que a diretoria já tem dito publicamente: o elenco não será reforçado.
Procurado, o Fluminense informou que as premiações da gestão atual não estão atrasadas. A dívida, neste caso, foi herdada do ex-presidente Peter Siemsen. O Tricolor afirma que Abad está empenhado em quitar o que é devido aos atletas. O Tricolor lembrou que tem buscado novos patrocinadores e que deve vender atletas para honrar seus compromissos.