Foliões fazem exame de HIV após levarem picadas no Carnaval do Recife

Dos 23 casos, 15 são do sexo feminino e 8 masculino, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, que ressaltou “que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3% para HIV”

Carnaval no Recife (Arquivo)

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou em nota que 20 dos 23 foliões que relataram terem levado picadas durante o Carnaval do Recife, em Pernambuco, passaram por exames para detectar HIV.

“Os pacientes foram admitidos na unidade, referência estadual em doenças infecto-contagiosas, e, após triagem, 20 realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções. Dos 23 casos, 15 são do sexo feminino e 8 masculino”, informa a nota, ressaltando que os demais ou se recusaram a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação), e, consequentemente, o tratamento, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início da medicação.

Uma mulher que não quis ser identificada denunciou ter recebido uma agulhada enquanto curtia o Carnaval durante o desfile do Galo da Madrugada, nesse sábado (22).

Em entrevista à TV Jornal, ela disse que estava com a família brincando Carnaval em uma avenida do Recife quando sentiu uma picada sutil na coxa. “Foi tão sutil que nem dei crédito. Mais na frente, quando olhei, minha perna estava sangrando”, relatou.

Ela diz ainda ter procurado a polícia após identificar o rapaz que teria feito o ataque, mas foi ignorada. “É descaso demais. A polícia entra batendo para resolver outras situações, mas quando recorremos a eles relatando algo, alertando, que é perigoso, eles não se preocupam”.

Segundo a nota divulgada pela Secretaria todos os pacientes foram orientados a realizar o monitoramento de possíveis infecções no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do próprio Correia Picanço, ou nos municípios de residência dos paciente. “É importante ressaltar que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3% para HIV”.

Em 2019, 300 pessoas deram entrada no Hospital Correia Picanço alegando terem sido furadas por seringas durante os festejos de Momo. A SES-PE destaca que não houve casos positivos desse evento.

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