O Bahia vive uma agonia no Campeonato Brasileiro. O fracasso na sequência contra rivais diretos na luta contra o rebaixamento manteve o time próximo do Z4 e impediu a sonhada reação na competição. Agora, Rogério Ceni e os seus comandados terão um desafio maior para evitar uma possível queda.
Sem conseguir engrenar no Brasileirão, o Bahia viu na sequência contra adversários diretos a chance de subir na tabela de classificação e até acumular gordura em relação à zona da degola. Mas o time passou longe de ter sucesso.
Nos três jogos que fez contra Vasco, Coritiba e Santos, respectivamente, o tricolor venceu apenas um. Bateu o Coxa por 4×2, fora de casa, na estreia do técnico Rogério Ceni.
Nos confrontos na Fonte Nova, mesmo com o apoio da torcida, o Esquadrão ficou devendo. Ainda sob o comando de Renato Paiva, apenas empatou por 1×1 com o Vasco. Diante do Santos, já com Ceni na beira do campo, foi superado por 2×1.
Nas duas últimas partidas na Fonte Nova, a frustração foi ainda maior já que o Bahia saiu na frente e não conseguiu segurar o placar. A virada do Santos, por exemplo, saiu aos 48 minutos do 2º tempo.
“Eu pensei que a gente já tinha aprendido, mas deu para ver que não aprendemos. É frustrante, não poderíamos desperdiçar essa oportunidade. Viemos para cá, depois de uma goleada, com uma expectativa muito grande. Não só os jogadores, mas também a torcida, e em dois lances jogamos a oportunidade fora”, analisou o meia Yago Felipe.
O aproveitamento ruim deixou o Bahia estacionado na 16ª colocação, com 25 pontos, a um de distância do próprio Santos. O alvinegro abre a zona de rebaixamento, com 24. O Vasco, 18º, tem 20 pontos e dois jogos a menos. Hoje os cariocas fazem duelo direto com o Coritiba.
De acordo com os cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais, atualmente o Bahia tem 41% de chance de rebaixamento. Os números são atualizados a cada rodada.
MUDANÇA NA POSTURA
Na entrevista após a derrota para o Santos, Rogério Ceni se mostrou incomodado com a forma como o tricolor foi superado. Ele reconheceu que o time teve muitos erros de passe no meio-campo e vacilou na bola aérea.
Pelo estilo do treinador, a tendência é a de que a cobrança no elenco aumente nos próximos jogos. Ceni terá pelo menos dez dias para corrigir os problemas antes de enfrentar o Flamengo, no dia 30 de setembro, no Maracanã.
Por sinal, os dois próximos jogos do clube baiano no Brasileirão serão fora de casa. Depois de enfrentar o Flamengo, o time medirá forças com o Goiás, no estádio da Serrinha, em Goiânia.
“Rogério é um cara vencedor. Teve a carreira como jogador, agora como treinador, e um cara vencedor é chato. Ele tem que cobrar, é um cara mais incisivo, está cobrando bastante pois não podemos desperdiçar as oportunidades. Ele mostrou frustração, indignação, mas esperançoso pelo trabalho”, completou Yago.