Gabrielli mostra gargalos que paralisam economia do Nordeste
O atraso na construção de linhas de transmissão de energia e em eixos troncais de logística, sobretudo, ferrovias, portos e aeroportos, bem como a baixa capacitação profissional, limitam o crescimento da região Nordeste.
A visão compartilhada entre o governador do Ceará, Cid Gomes, e o secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, no Fórum Estadão Regiões – Nordeste, realizado ontem, em São Paulo, ilustra que é preciso investir ainda mais e de modo mais célere a fim de que o crescimento nordestino, que, na média, é três vezes maior do que o Brasil, não seja reduzido.
Quem fortalece esta visão é o coordenador da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Aristides Monteiro Neto. Segundo ele, somadas as transferências de renda, em especial, o Bolsa Família e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC), com as linhas de crédito do Banco do Nordeste (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as cifras alcançam, anualmente, R$ 64 bilhões. No entanto, frisa Monteiro Neto, esse montante é insuficiente para as demandas.
De acordo com Gabrielli, a limitação logística para movimentar cargas e pessoas fica cada vez mais evidente. “Os setores mais aquecidos da economia Nordestina e baiana são os serviços, comércio e construção civil, que crescem a taxas anuais entre 7% e 10% ao ano”, destaca o secretário do Planejamento da Bahia. (Tribuna)