Garibaldi Alves exonera assessor suspeito de atuar em quadrilha
A assessoria do Ministério da Previdência Social informou neste sábado (21) que o ministro Garibaldi Alves Filho determinou a exoneração do assessor Gustavo Alberto Soares Filho, suspeito de envolvimento com duas organizações criminosas acusadas pela Polícia Federal (PF) de lavagem de dinheiro e má gestão de fundos de pensão de servidores municipais. Segundo o ministério, Soares Filho ocupava a função de coordenador da Diretoria do Departamento dos Serviços de Previdência no Serviço Público.
As duas quadrilhas foram desbaratadas na última quinta (19) pela Operação Miquéias, da PF. Na ocasião, 20 pessoas foram presas no Distrito Federal (DF), no Rio de Janeiro e em Goiás. De acordo com a PF, dois dos presos são delegados da Polícia Civil do DF e dois são agentes.
A PF descobriu que a organização aliciava prefeitos e gestores de Regimes Próprios de Previdência Social para que eles aplicassem recursos das respectivas entidades previdenciárias em fundos de investimentos com papéis geridos pela quadrilha.
Os recursos eram aplicados em investimentos sem procedência e eram desviados para a conta dos envolvidos, incluindo prefeitos e gestores, segundo a polícia.
O Ministério da Previdência afirmou que a exoneração de Soares Filho será publicada na edição desta segunda-feira (23) do Diário Oficial da União. A pasta foi informada informalmente sobre a suposta participação do agora ex-assessor por delegados da PF, na noite desta sexta (20).
De acordo com os assessores de Garibaldi, o ministro ordenou imediatamente que o funcionário fosse afastado do cargo. Essa é a segunda demissão de integrantes do governo federal em razão de suspeitas de participação no esquema criminoso. Na última sexta, um assessor da Secretaria de Relações Institucionais também foi exonerado por conta das investigações da PF.
Apesar de atuar na Previdência Social, Soares Filho é auditor de carreira da Receita Federal. A exoneração determinada por Garibaldi se limita à função que ele ocupava no ministério. Em sua conta pessoal no microblog Twitter, o ministro ressaltou que a pasta só irá instaurar um processo administrativo para apurar a conduta do ex-assessor, que poderá culminar na sua demissão definitiva do serviço público, no momento em que a PF comunicar formalmente o envolvimento de Soares no esquema. (Fabiano Costa/G1)