Geddel tenta se viabilizar na disputa em 2014 e diz que prioridade é derrotar PT

Geddel-Vieira-Lima

Com afiado discurso de oposição ao governo Wagner, o presidente do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima busca se viabilizar como o nome que pode vencer o PT nas urnas de 2014. O ex-ministro, que se afastou do governador ainda no primeiro mandato, em 2009, deixou claro ontem que dentro dessa meta não lutará de forma “obsessiva” para ser o candidato da chapa dos partidos oposicionistas (PMDB, PSDB, DEM e PPS). “Sou candidato, mas não sou empecilho para que outro do grupo seja o candidato. A minha prioridade é derrotar o PT”, disse, pontuando supostos fracassos da gestão estadual. Em conversa com a reportagem, Geddel sinalizou que quer desconstruir qualquer tese de divergência, em função de uma possível disputa entre ele o ex-governador Paulo Souto, nome apontado pelo DEM.

Com o lema da tranquilidade, o líder peemedebista disse que está “fazendo a sua parte”, mas que não há pressas. “Estou me colocando junto ao conjunto de forças. Estou viajando, conversando com as pessoas, com a imprensa, dando entrevistas nas rádios, estudando a Bahia”, disse.  Segundo ele, no “momento mais conveniente”, a oposição anunciará o candidato sob a liderança do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

“Desejo e estou motivado, quero trabalhar para ser (o candidato), mas se não for o meu nome vou apoiar outro, como se eu fosse o candidato. Não tenho problema com Paulo Souto, como alguns querem colocar. Se ele quiser ser candidato não precisa nem me avisar, basta chegar numa coletiva e anunciar que eu o apoiarei”, enfatizou.

Segundo ele, o grupo do governo se apressa em definir por se basear em pesquisas. “Mas nós olhamos por trás do retrovisor. Problema de Wagner se é dia 15 ou depois”.

O ex-ministro contestou a declaração de Wagner, de que ao final de oito anos entregará um Estado mais “robusto” para a população.  “Ele (Wagner) vai entregar o Estado com uma crise financeira brutal, a arrecadação caindo, as despesas subindo, a máquina inchada com 31 secretarias, recorde em violência, a saúde caótica e a educação com o Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – caindo, entre os piores do País”.

Geddel aproveitou para alfinetar um dos nomes do PT ao Palácio de Ondina, que lançou oficialmente a pré-candidatura no último final de semana, José Sérgio Gabrielli, ao lembrar do projeto de construção da ponte Salvador –Itaparica. “Talvez a única coisa que o governo Wagner entregue seja a ponte que já tem oito anos de anunciada. Quem sabe eles possam entregar em 2014”, ironizou.

Fonte: Tribuna 

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