Generais pregam cautela e cogitam a possibilidade de Cid ter sido “coagido”

Alto Comando do Exército quer esperar o resultado das investigações para tomar medidas disciplinares contra o ex-assessor de Jair Bolsonaro e outros militares

General Mauro Lourena Cid, Jair Bolsonaro e tenente-coronel Mauro Cid
General Mauro Lourena Cid, Jair Bolsonaro e tenente-coronel Mauro Cid (Foto: Reprodução/Alesp | ABr)

Diante das revelações das investigações da Polícia Federal envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid, generais do Alto Comando do Exército pregam cautela e dizem esperar o resultado das apurações para que sejam tomadas eventuais medidas disciplinares contra o ex-assessor de Jair Bolsonaro e outros militares investigados.

De acordo com reportagem da Veja, o posicionamento de militares é mantido mesmo após virem à tona as evidências de que Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, agiram pessoalmente para vender joias e presentes luxuosos recebidos por Bolsonaro durante o mandato.

“O Exército ressalta que o apoio a seus quadros tem de ser institucional, imparcial e sem nenhum tipo de precipitação. A cautela é avaliada por diferentes cenários. Um deles considera inclusive a possibilidade de Cid ou seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, terem sido coagidos”, aponta a reportagem.

“Não podemos ser precipitados porque está tudo em fase de apuração, de instrução de um processo. Depois, vai que a pessoa fala que fez e que foi por ordem, que foi coagido. É uma possibilidade. Do ponto de vista pessoal, eles sempre tiveram um comportamento muito íntegro. É estranho”, disse um influente general.

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