Gilmar Mendes alerta para fragilidade do relatório da Transparência Internacional
“Um índice baseado em percepções precisa ser visto com cautela”, diz o ministro
A ONG Transparência Internacional, que desempenhou papel relevante no processo de ataque à democracia e à economia nacional, com seu apoio à Operação Lava Jato, reabriu sua guerra particular contra o Brasil ao divulgar um relatório que sugere que o País se tornou um país mais corrupto em 2023. Os motivos alegados pela ONG são absolutamente despropositados: as indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, com as escolhas dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, bem como o fato de o governo não ter seguido a lista tríplice ao escolher Paulo Gonet como novo procurador-geral da República.
Em seu novo ataque às instituições brasileiras, a Transparência Internacional alega que o governo Lula estaria falhando na “reconstrução dos mecanismos de combate à corrupção”, segundo reportagem divulgada pelo Valor nesta terça-feira. A realidade, no entanto, é que o “combate à corrupção” derrubou uma presidente honesta, Dilma Rousseff, e alçou ao poder grupos claramente associados à corrupção, durante o período Temer-Bolsonaro. Além disso, a atuação da Transparência Internacional serviu a grandes interesses econômicos, que nem sempre foram revelados de forma transparente.
Artigos publicados no Brasil 247 pelo jornalista Joaquim de Carvalho revelaram como a Transparência Internacional foi parte do projeto de poder do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol. Reportagem do portal Consultor Jurídico também aponta que a ONG receberia ganhos financeiros com as multas direcionadas à “fundação Lava Jato”, que Dallagnol tentou criar. Artigo do jornalista Marcio Chaer, editor do Conjur, também destaca como a Transparência Internacional se envolveu em grandes oportunidades comerciais, que foram abertas após empresas brasileiras serem atingidas pela Lava Jato. Ao que tudo indica, portanto, os relatórios da ONG atendem mais aos seus interesses econômicos do que ao combate à corrupção.