Globo põe Igreja Católica dentro da lava jato

A revista Época, da Globo, afirma que padres e bispos da Igreja Católica chafurdam na corrupção e indica que os religiosos foram delatados na lava jato.

A publicação dos Marinho recorreu a um trecho do depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), para criminalizar a Igreja Católica — um dos bastiões contrários ao governo neofascista de Jair Bolsonaro (PSL), objeto, inclusive, de espionagem da ABI (Agência Brasileira de Inteligência).

Vamos ao que disse Cabral na tarde de terça-feira (26) ao juiz Marcelo Bretas, responsável pelas ações da lava jato na primeira instância do Rio.

“Não tenho dúvida de que deve ter havido esquema de propina com a O.S. da Igreja Católica, da Pró-Saúde”, afirmou o ex-governador. “O dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao dom Orani, mas ele tinha interesse nisso. Tinha o dom Paulo, que era padre, e tinha interesse nisso. E o Sérgio Côrtes nomeou a pessoa que era o gestor do Hospital São Francisco. Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia religiosos. Não tenho a menor dúvida”.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro se manifestou por meio de nota: “Sobre o depoimento do ex-governador, podemos afirmar que a Igreja Católica no Rio de Janeiro e seu Arcebispo têm o único interesse que organizações sociais cumpram seus objetivos, na forma da lei, em vista do bem comum”.

Para azedar ainda mais o arroz doce da Igreja Católica, na edição deste final de semana, a Época apresenta na capa o ex-padre Wagner Augusto Portugal como um dos colaboradores da Operação S.O.S., desdobramento da lava jato no Rio. De acordo com a revista da Globo, o ex-religioso confessou sua participação no desvio de R$ 52 milhões dos cofres estaduais envolvendo contratos da Secretaria de Estado de Saúde do Rio com a organização social católica Pró-Saúde em 2013.

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